Ela fez a viagem e se reencontrou.
Livro: Comer, Rezar e Amar
A vida não tinha sentido para Elizabeth Gilbert então ela enfrentou uma crise da meia-idade precoce. Tinha tudo que uma americana instruída e ambiciosa, teoricamente, poderia querer – um marido, uma casa, um projeto a dois de ter filhos e uma carreira de sucesso. Mas, em vez de sentir-se feliz e realizada, foi tomada pelo pânico, pela tristeza e pela confusão. Enfrentou um divórcio, uma depressão debilitante e outro amor fracassado.
Até que se viu tomada por um sentimento de liberdade, que ainda não conhecia. Foi quando tomou uma decisão radical: livrou-se de todos os seus bens materiais, demitiu-se do emprego e par tiu para uma viagem de um ano pelo mundo, sozinha. “Comer, Rezar, Amar” é a envolvente crônica desse ano. O objetivo de Elizabeth era visitar três lugares onde pudesse examinar aspectos de sua própria natureza, tendo como cenário uma cultura que, tradicionalmente, fosse especialista em cada um deles.
Na fase de Comer, passada na Itália, aprendeu a falar um pouco de italiano e fez uma maratona gastronômica e engordou os 11 quilos que faltavam na sua vida anterior. Já na etapa Rezar, na mística Índia, dedicou-se à exploração espiritual e encontrou sua autoconfiança através da meditação. Por fim, na Indonésia (Amar), especificamente em Bali, encontrou o equilíbrio entre a transcendência divina e o prazer humano. Conheceu o homem com quem hoje é casada e que, inclusive, é um brasileiro.
Comer, Rezar, Amar nos dá um fio de esperança para a tomada de coragem decisiva de sair por aí, desapegado de condições socialmente impostas e se redescobrir. O que nos impede, muitas vezes, é a falta de coragem. As aventuras e experiências vividas pela escritora são exemplo do limite individual e uma reflexão quanto ao rumo que adotamos em nossa vida profissional e pessoal.